sábado, 26 de maio de 2007


"Minha dor é uma dama
de negro,
vagueando entre antigas colunas.
Coberta da cabeça aos pés e
guardando em tule preto,
enormes olhos cinzentos que
não descansam nunca.
Fitando a todos e pretendendo
o belo.
Sinto seus dedos frios
por baixo de finas luvas.
Insistente senhora,
diz ter vindo para ficar.
Como pode ser assim?
Vulgar,de mil facetas.
Levando a vida em um quase sorriso."
Imagem de Remédios Varo

Um comentário:

Ary Régis disse...

kra, que poesia linda. Me trouxe a imagem do clássico A lenda. Quando a mocinha se transforma naquela mulher de negro e tals. Tão linda e sedutora. Muito belo.